Análise de Mídia - Dos Jornais de hoje - 04/02/2021 - Fundação Perseu Abramo

 

 

DOS JORNAIS DE HOJE: As capas de Folha, Estadão e Valor destacam a lista de projetos prioritários que o presidente Jair Bolsonaro entregou aos novos presidentes da Câmara e do Senado. A Folha mencionou apenas que Bolsonaro pediu reformas. O Estadão destacou que os três prometeram aprovar as reformas, já o Valor foi mais analítico e afirmou que o Congresso deve enxugar a lista de prioridades apresentada pelo Planalto. O jornal O Globo destacou em sua capa a possibilidade de o governo federal adquirir vacinas além da Coronavac e da criada em Oxford.
Sobre a nova configuração em Brasília ainda há uma série de dúvidas sobre como o processo realmente vai acontecer. Os jornais apontam que há muitos insatisfeitos com a indicação da deputada negacionista Bia Kicis para a presidência da CCJ, o que poderia inviabilizar que ela assumisse o cargo. A parlamentar concedeu entrevista ao jornal Estadão. Enquanto a Folha de S. Paulo apresenta a carta de intenções do governo sem muita análise, os demais veículos refletem sobre o que está sendo proposto e sobre sua aprovação. É peculiar a posição que o Estadão adota sobre a política nacional e, principalmente, sobre a oposição. O jornal que não se cansa de criticar o que chama de lulopetismo e que não costuma abrir espaço para que os grupos de esquerda falem para o seu público, cobra em seu editorial uma “verdadeira oposição” e critica como se esta estivesse perdida em questões menores. Um tanto fora da realidade, o jornal menciona PSDB e MDB como se estes fossem partidos de oposição, quando são a base de sustentação de Bolsonaro já que, assim como o Estadão e demais veículos de imprensa, apoiam a agenda econômica de Paulo Guedes.
A extinção da força-tarefa da Lava Jato também é assunto em todos os jornais. No entanto, apenas a Folha de S. Paulo publicou material mais extenso e alguns trechos das mensagens trocadas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol. O Valor Econômico fez uma retrospectiva resumida e apontou que a operação via sofrendo uma crise de credibilidade, além de mencionar as acusações contra o ex-presidente Lula e a prisão dele como os fatos mais controversos da operação. Já o Estadão e O Globo se limitaram a falar das desavenças entre o PGR e a força-tarefa, o que de acordo com os jornais teria levado ao fim dos grupos exclusivos de investigação. O jornal carioca afirmou que o Brasil está muito pior sem a Lava Jato.


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