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31 de ago. de 2024

Você conhece os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil perante a ONU?

Você conhece os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil perante a ONU?



Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. 

Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
Erradicação da pobreza
Fome zero e agricultura sustentável
Saúde e Bem-Estar
Educação de qualidade
Igualdade de gênero
Água potável e saneamento
Energia limpa e acessível
Trabalho decente e crescimento econômico
Indústria, inovação e infraestrutura
Redução das desigualdades
Cidades e comunidades sustentáveis
Consumo e produção responsáveis
Ação contra a mudança global do clima
Vida na água
Vida terrestre
Paz, Justiça e Instituições Eficazes
Parcerias e meios de implementação


19 de set. de 2023

DISCURSO HISTÓRICO --- 'A culpa é dos mais ricos': Lula alfineta Norte Global na ONU pelas desigualdades no mundo

Créditos Sputnik.


'A culpa é dos mais ricos': Lula alfineta Norte Global na ONU pelas desigualdades no mundo


O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva discursa na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU na cidade de Nova York, 19 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 19.09.2023

Lula fez o discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU na manhã desta terça-feira (19) em Nova York. Dentre os principais pontos de sua fala, destacaram-se críticas ao Norte Global pelas desigualdades sociais e políticas do mundo.


Créditos Sputnik, leia matéria completa: 
https://sputniknewsbr.com.br/20230919/a-culpa-e-dos-mais-ricos-lula-alfineta-norte-global-na-onu-pelas-desigualdades-no-mundo-30391471.html

9 de set. de 2023

Congo quer que capacetes azuis da ONU deixem o país





Congo quer que capacetes azuis da ONU deixem o país.

A República Democrática do Congo considera a presença prolongada da Missão da ONU (Monusco) no seu território um obstáculo à sua plena soberania. 

O país aspira assumir o controlo total dos seus assuntos internos, especialmente face ao aumento de grupos armados e às tensões regionais.

Confira nosso Acúmulo sobre a Missão de Paz no país: https://capitaofernandodefesaeseguranca.blogspot.com/search/label/MONUSCO  



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20 de mai. de 2023

Lula discursa em reunião do G7 e sugere reforma do Conselho de Segurança da ONU - créditos CNN

 

Lula discursa em reunião do G7 e sugere reforma do Conselho de Segurança da ONU

Presidente levantou pautas de sustentabilidade, criticou o protecionismo de países ricos e falou em inclusão de nações emergentes para resolver “crises múltiplas”

Presidente Lula em reunião do G7, no Japão.
Presidente Lula em reunião do G7, no Japão.Ricardo Stuckert

Da CNN

Ouvir notícia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou durante sessão de trabalho do G7, no Japão, neste sábado (20). Entre os pontos levantados no discurso, Lula falou sobre reforma do Conselho de Segurança da ONU e sobre as metas da Agenda 2030.

Lula defendeu “um mundo mais democrático” na tomada de decisões que afetam todo o mundo, para “garantia de paz, de desenvolvimento sustentável, de direitos dos mais vulneráveis e de proteção do planeta. Antes que seja tarde demais”.

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“O mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises: pandemia da Covid-19, mudança do clima, tensões geopolíticas, uma guerra no coração da Europa, pressões sobre a segurança alimentar e energética e ameaças à democracia”, disse o presidente.

Em defesa da Agenda 2030, um plano de ação global que reúne metas de desenvolvimento sustentável para erradicar a pobreza, Lula disse que “a falsa dicotomia entre crescimento e proteção ao meio ambiente já deveria estar superada”.

“Para isso já temos uma bússola, acordada multilateralmente: a Agenda 2030.”

“Não tenhamos ilusões. Nenhum país poderá enfrentar isoladamente as ameaças sistêmicas da atualidade”, disse o petista. Ele defendeu a inclusão dos países emergentes para resolver “crises múltiplas” mundiais, que não poderiam ser resolvidas “sem que [esses países] estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global”.

O petista sugeriu, ainda, uma reforma no Conselho de Segurança da ONU para a inclusão de novos membros; “a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI [caso mudanças estruturais não sejam postas em práticas na organização]”.

Lula criticou o protecionismo dos países ricos e falou em “enfraquecimento do sistema multilateral de comércio”.

“A Organização Mundial do Comércio permanece paralisada. Ninguém se recorda da Rodada do Desenvolvimento. Os desafios se acumularam e se agravaram. A cada ameaça que deixamos de enfrentar, geramos novas urgências”, afirmou.

O presidente foi fotografado com as autoridades da cúpula neste sábado.

Leia o discurso na íntegra

Quero agradecer ao primeiro-ministro Kishida pelo convite para que o Brasil participasse do segmento ampliado da Cúpula de Hiroshima.

Esta é a 7ª vez que sou convidado de uma reunião do G-7.

Quando aqui estive pela última vez, na Cúpula de L´Áquila em 2009, enfrentávamos uma crise financeira global de proporções catastróficas, que levou à criação do G-20 e expos a fragilidade dos dogmas e equívocos do neoliberalismo.

O ímpeto reformador daquele momento foi insuficiente para corrigir os excessos da desregulação dos mercados e a apologia do Estado mínimo.

A arquitetura financeira global mudou pouco e as bases de uma nova governança econômica não foram lançadas.

Houve retrocessos importantes, como o enfraquecimento do sistema multilateral de comércio. O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada. Ninguém se recorda da Rodada do Desenvolvimento.

Os desafios se acumularam e se agravaram. A cada ameaça que deixamos de enfrentar, geramos novas urgências.

O mundo hoje vive a sobreposição de múltiplas crises: pandemia da Covid-19, mudança do clima, tensões geopolíticas, uma guerra no coração da Europa, pressões sobre a segurança alimentar e energética e ameaças à democracia.

Para enfrentar essas ameaças é preciso que haja mudança de mentalidade. É preciso derrubar mitos e abandonar paradigmas que ruíram.

O sistema financeiro global tem que estar a serviço da produção, do trabalho e do emprego. Só teremos um crescimento sustentável de verdade direcionando esforços e recursos em prol da economia real.

O endividamento externo de muitos países, que vitimou o Brasil no passado e hoje assola a Argentina, é causa de desigualdade gritante e crescente, e requer do Fundo Monetário Internacional um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajuste.

Desemprego, pobreza, fome, degradação ambiental, pandemias e todas as formas de desigualdade e discriminação são problemas que demandam respostas socialmente responsáveis.

Essa tarefa só é possível com um Estado indutor de políticas públicas voltadas para a garantia de direitos fundamentais e do bem-estar coletivo.

Um Estado que fomente a transição ecológica e energética, a indústria e a infraestrutura verdes.

A falsa dicotomia entre crescimento e proteção ao meio ambiente já deveria estar superada. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade deve voltar ao centro da agenda internacional, assegurando o financiamento adequado e transferência de tecnologia.

Para isso já temos uma bússola, acordada multilateralmente: a Agenda 2030.

Não tenhamos ilusões. Nenhum país poderá enfrentar isoladamente as ameaças sistêmicas da atualidade.

A solução não está na formação de blocos antagônicos ou respostas que contemplem apenas um número pequeno de países.

Isso será particularmente importante neste contexto de transição para uma ordem multipolar, que exigirá mudanças profundas nas instituições.

Nossas decisões só terão legitimidade e eficácia se tomadas e implementadas democraticamente.

Não faz sentido conclamar os países emergentes a contribuir para resolver as “crises múltiplas” que o mundo enfrenta sem que suas legítimas preocupações sejam atendidas, e sem que estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global.

A consolidação do G-20 como principal espaço para a concertação econômica internacional foi um avanço inegável. Ele será ainda mais efetivo com uma composição que dialogue com as demandas e interesses de todas as regiões do mundo. Isso implica representatividade mais adequada de países africanos.

Coalizões não são um fim em si, e servem para alavancar iniciativas em espaços plurais como o sistema ONU e suas organizações parceiras.
Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI.

Um mundo mais democrático na tomada de decisões que afetam a todos é a melhor garantia de paz, de desenvolvimento sustentável, de direitos dos mais vulneráveis e de proteção do planeta.

Antes que seja tarde demais.

Muito obrigado.

(Publicado por Gustavo Zanfer)

Créditos CNN

15 de set. de 2022

LFS INTERNACIONAL: Começa a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU


 Créditos Xinhua




LFS INTERNACIONAL: 

Começa a 77ª sessão da Assembleia Geral da ONU - https://capitaofernandointernacional.blogspot.com/2022/09/lfs-internacional-comeca-77-sessao-da.html 


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10 de jun. de 2022

25 de out. de 2021

27 de ago. de 2020

DEFESA & SEGURANÇA: Exército de Libertação Popular da China é o maior contribuinte de tropas de manutenção de paz entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU

 

Foto: Xinhua



DEFESA & SEGURANÇA -

Exército de Libertação Popular da China é o maior contribuinte de tropas de manutenção de paz entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Segundo a imprensa oficial chinesa, o país através do porta-vos do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, criticou na quarta-feira as recentes alegações do secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, sobre o Exército de Libertação Popular (ELP) da China com " fatos e estatísticas (...) mais do que suficientes para desmascarar e destruir tais mentiras e falácias sobre a chamada "ameaça da China".".  

Leia matéria, créditos Xinhua - https://capitaofernandodefesaeseguranca.blogspot.com/2020/08/china-refuta-alegacoes-do-secretario-de.html  





15 de out. de 2019

Má alimentação prejudica a saúde de milhões de crianças em todo o mundo, alerta o UNICEF

Má alimentação prejudica a saúde de milhões de crianças em todo o mundo, alerta o UNICEF.

Uma em cada três crianças está desnutrida ou com sobrepeso no mundo. Na América Latina e no Caribe, uma em cada cinco crianças é afetada pela má nutrição. No Brasil, aumento do sobrepeso é particularmente importante.


uma menina segura um prato com comida e uma colher. ela está olhando para a foto e sorrindo.
UNICEF/UNI212715/Vilca
Nova Iorque/Panamá/Brasília, 15 de outubro de 2019 – Um número assustadoramente alto de crianças com menos de 5 anos está sofrendo as consequências físicas da má alimentação e de um sistema alimentar que está falhando com elas, alertou o UNICEF hoje em um novo relatório sobre crianças e adolescentes.
O relatório Situação Mundial da Infância 2019: Crianças, alimentação e nutrição [The State of the World’s Children 2019: Children, food and nutrition, disponível somente em inglês] aponta que, pelo menos, uma em cada três crianças com menos de 5 anos – cerca de 250 milhões – está desnutrida ou com sobrepeso. Quase duas em cada três crianças entre 6 meses e 2 anos de idade não recebem alimentos capazes de sustentar o crescimento rápido de seu corpo e de seu cérebro. Isso coloca em risco o desenvolvimento cerebral delas, deixando-as sujeitas a dificuldades de aprendizagem, baixa imunidade, aumento de infecções e, em muitos casos, a morte.
As tendências globais se confirmam no Brasil. O País passou por uma rápida transição demográfica, epidemiológica e nutricional que afetou o padrão de consumo alimentar e a saúde da população.
Nas últimas décadas, o Brasil reduziu significativamente a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos (de 19,6% em 1990 para 7% em 2006), atingindo, antes do prazo, a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Entretanto, a desnutrição crônica ainda é um problema em grupos mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas e ribeirinhos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, a prevalência de desnutrição crônica entre crianças indígenas menores de 5 anos era de 28,6%. Os números variam entre etnias, alcançando 79,3% das crianças ianomâmis. Não existem dados nacionais mais atualizados sobre a taxa de desnutrição crônica entre menores de 5 anos para todas as crianças no Brasil.
Ao mesmo tempo, aumenta progressivamente o consumo de alimentos ultraprocessados e a prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil. Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos possui excesso de peso, 17,1% dos adolescentes estão com sobrepeso e 8,4% são obesos. Apesar da Política Nacional de Alimentação Escolar, a escola ainda é considerada um ambiente obesogênico, com lanches de baixo teor de nutrientes e alto teor de açúcar, gordura e sódio.
"No Brasil, como na maioria dos países da América Latina e do Caribe, crianças e adolescentes estão comendo muito pouca comida saudável e muita comida pouco saudável", afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil. "Por causa disso, hoje há uma tripla carga de doenças, em que desnutrição, anemia e falta de vitamina A coexistem com o sobrepeso e a obesidade, associados a doenças crônicas não transmissíveis. Temos de capacitar crianças, adolescentes e suas famílias para que exijam alimentos saudáveis e, por outro lado, exigir a regulamentação da informação nutricional dos alimentos. O UNICEF defende uma rotulagem frontal dos produtos, que esteja facilmente compreensível a todos".
A má nutrição no mundo, em números
Em todo o mundo:

  • 149 milhões de crianças têm retardo de crescimento, ou estão muito baixas para a idade;
  • 50 milhões de crianças estão com baixo peso para a sua altura;
  • 340 milhões de crianças – ou uma em cada duas – sofrem de deficiências em vitaminas e nutrientes essenciais, como vitamina A e ferro; e
  • 40 milhões de crianças estão acima do peso ou obesas.
O relatório alerta que práticas alimentares de baixa qualidade começam desde os primeiros dias de vida de uma criança. Embora a amamentação possa salvar vidas, por exemplo, apenas 42% das crianças com menos de 6 meses de idade são amamentadas exclusivamente e um número crescente de bebês é alimentado com fórmula infantil. As vendas de fórmula à base de leite cresceram 72% entre 2008 e 2013 em países de renda média-alta, como Brasil, China e Turquia, em grande parte devido ao marketing inadequado e políticas e programas fracos para proteger, promover e apoiar a amamentação.
Quando as crianças começam a fazer a transição para alimentos macios ou sólidos por volta dos 6 meses de idade, muitas são introduzidas no tipo errado de alimentação, de acordo com o relatório. Em todo o mundo, quase 45% das crianças entre 6 meses e 2 anos de idade não são alimentadas com frutas ou vegetais. Quase 60% não comem ovos, laticínios, peixe ou carne.
À medida que as crianças crescem, sua exposição a alimentos não saudáveis se torna alarmante, impulsionada em grande parte por marketing e publicidade inadequados, pela abundância de alimentos ultraprocessados nas cidades, mas também em áreas remotas, e pelo aumento do acesso a fast-food e bebidas altamente açucaradas.
O relatório mostra, por exemplo, que 42% dos adolescentes em idade escolar em países de baixa e média renda consomem refrigerantes com açúcar pelo menos uma vez por dia e 46% comem fast-food pelo menos uma vez por semana. Essas taxas sobem para 62% e 49%, respectivamente, para adolescentes em países de renda alta.
Como resultado, os níveis de sobrepeso e obesidade na infância e adolescência estão aumentando em todo o mundo. De 2000 a 2016, a proporção de crianças e adolescentes com excesso de peso entre 5 e 19 anos praticamente dobrou, passando de um em dez para quase um em cinco. Dez vezes mais meninas e 12 vezes mais meninos nessa faixa etária sofrem de obesidade hoje quando comparados a 1975.
O maior ônus da má nutrição em todas as suas formas recai sobre crianças e adolescentes das comunidades mais pobres e marginalizadas, observa o relatório. Apenas uma em cada cinco crianças de 6 meses a 2 anos das famílias mais pobres tem uma alimentação suficientemente diversa para um crescimento saudável. Mesmo em países de alta renda, como o Reino Unido, a prevalência de excesso de peso é mais do que o dobro nas áreas mais pobres, em comparação às áreas mais ricas.
O relatório também observa que desastres relacionados ao clima causam graves crises alimentares. A seca, por exemplo, é responsável por 80% dos danos e perdas na agricultura, alterando drasticamente os alimentos disponíveis para crianças e famílias, bem como a qualidade e o preço desses alimentos.
Na América Latina e no Caribe, 4,8 milhões de crianças menores de 5 anos têm desnutrição crônica (baixo crescimento para a idade), 0,7 milhão têm desnutrição aguda (baixo peso para a altura) e 4 milhões têm excesso de peso, incluindo obesidade. O relatório cita o aumento alarmante dos níveis de excesso de peso, especialmente entre crianças mais velhas: quase uma em cada três crianças de 5 a 19 anos na América Latina e no Caribe tem excesso de peso. O sobrepeso infantil pode levar ao aparecimento precoce de diabetes tipo 2 e depressão, e é um forte indicador da obesidade adulta, com sérias consequências econômicas e de saúde.
Promover a nutrição saudável das crianças é tarefa de todos
Para lidar com essa crescente crise de desnutrição em todas as suas formas, o UNICEF está apelando urgentemente a governos, setor privado, doadores, pais, famílias e empresas para que ajudem crianças a crescer saudáveis ao:

  1. Capacitar famílias, crianças e jovens para que exijam alimentos adequados e saudáveis, inclusive melhorando a educação nutricional e usando legislação comprovada – como impostos sobre o açúcar – para reduzir a demanda por alimentos não saudáveis.
  2. Instar os fornecedores de alimentos para que façam o que é certo para as crianças, incentivando o abastecimento de alimentos saudáveis, convenientes e acessíveis.
  3. Construir ambientes alimentares saudáveis para crianças e adolescentes usando abordagens comprovadas, como rotulagem precisa e fácil de entender e controles mais fortes sobre a comercialização de alimentos não saudáveis.
  4. Mobilizar sistemas de apoio – saúde, água e saneamento, educação e proteção social – para melhor a alimentação e a nutrição de todas as crianças.
  5. Coletar, analisar e usar dados e evidências de boa qualidade regularmente para orientar as ações e acompanhar o progresso.
"Estamos perdendo terreno na luta pela alimentação saudável", disse Henrietta Fore, diretora executiva do UNICEF. "Essa não é uma batalha que podemos vencer por nós mesmos. Precisamos que os governos, o setor privado e a sociedade civil priorizem a nutrição infantil e trabalhem juntos para abordar as causas de uma alimentação não saudável em todas as suas formas".
Ações do UNICEF no Brasil
Para reverter esse cenário, o Brasil foca em políticas públicas para a prevenção do sobrepeso e da obesidade: incentivo ao aleitamento materno; regulação do marketing para crianças; melhoria na rotulagem nutricional; promoção da alimentação saudável nas escolas; entre outras. O UNICEF apoia essas medidas, focando em campanhas de conscientização, mobilização de tomadores de decisão e produção de materiais para profissionais de saúde, educação e assistência.

O UNICEF advoga, também, pela saúde das crianças indígenas, mobilizando o governo a entender os altos níveis de desnutrição e realizando capacitações presenciais sobre amamentação e alimentação saudável em distritos sanitários indígenas de maior vulnerabilidade e isolamento geográfico.
Rotulagem Frontal de Alimentos Ultraprocessados
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), juntamente com outras organizações, tem liderado a discussão para a inclusão de alertas na parte frontal dos produtos alimentícios ultraprocessados para quando há excesso de nutrientes como açúcar, sódio e gorduras saturadas. O UNICEF defende a proposta e anunciou o apoio às ações do Idec para informar a sociedade sobre os benefícios da rotulagem frontal.

A aliança inédita acontece no momento em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está recebendo contribuições e opiniões dos consumidores, por meio de uma consulta pública, sobre qual o modelo de rotulagem nutricional deve ser adotado no País. O processo de participação popular termina em 6 de novembro.
Para o UNICEF, o modelo apresentado pelo Instituto simboliza a noção de alerta de forma mais fácil para os consumidores, já que permite interpretações rápidas de crianças pequenas ou adultos não alfabetizados.
Segundo a proposta, os alimentos embalados poderão ter até três ícones para identificar o excesso de açúcar, sódio e gorduras saturadas. Ou seja, cada triângulo representará um nutriente prejudicial à saúde.
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