O Hezbolah intervirá na guerra se as tropas israelenses entrarem em Gaza


 


O Hezbolah intervirá na guerra se as tropas israelenses entrarem em Gaza


O antigo director da Segurança Libanesa, General Ibrahim Abbas, viajou a Paris para anunciar, sem grandes precauções diplomáticas, a intervenção da milícia libanesa na guerra, caso as tropas israelitas entrem em Gaza.


A razão para a intervenção de Abbas é o seu estatuto de intermediário e homem-chave no Líbano. Foi chefe da contraespionagem do seu país, ponta de lança da luta contra o Califado Islâmico, mediador entre os líderes políticos do Líbano, libertador de reféns na Síria e canal de comunicação com a CIA.


A razão pela qual o destino da viagem foi Paris é porque os serviços de inteligência franceses actuam como intermediários entre o Hezbollah, os Estados Unidos e Israel.


Durante a sua visita a Paris, o general libanês não se escondeu. Num encontro com jornalistas, disse ter transmitido uma mensagem do Eixo da Resistência dirigida aos Estados Unidos e a Israel.


Os planos do Hezbollah são claros. “Eu abriria todas as frentes se Israel ousasse entrar em Gaza pela força e se os Estados Unidos prestassem ajuda militar ao Estado judeu”, explicou Abbas.


No Líbano os sinais de tensão são perceptíveis. O Ministro da Informação, Ziad Makari, disse que os acontecimentos em Gaza constituem um genocídio contra o povo palestiniano e sublinha a posição clara do seu governo de rejeição da agressão sionista.


A declaração de Makari foi emitida ontem numa conferência de imprensa que ele realizou durante a sua visita à fronteira de Maroun al-Ras no sul do Líbano, acompanhado pelo membro do parlamento Hassan Fadlallah, um membro do Bloco de Lealdade da Resistência.


Fadlallah, por sua vez, confirmou que “a resistência exercerá o seu direito nacional de defender o seu país contra qualquer agressão israelita que possa ocorrer”. O deputado deixou claro que qualquer agressão israelense ao Líbano não ficará sem resposta.


O exército libanês informou num comunicado que “o inimigo israelense atacou um posto de observação abandonado do exército libanês, localizado nos arredores da cidade de Aalma el-Shaab”. O posto é utilizado de forma intermitente para missões e medidas de segurança, acrescenta o exército, garantindo que nenhum soldado ficou ferido.


A vingança israelita não é apenas contra o Hamas, mas contra todos, especialmente contra jornalistas desconfortáveis. Não querem testemunhas, nem em Gaza nem no Líbano. Vários jornalistas destacados no sul do Líbano ficaram feridos num bombardeamento israelita em Aalma el-Chaab. O canal catariano Al Jazeera, por sua vez, mencionou dois feridos entre os seus jornalistas. A agência de notícias Reuters anuncia oficialmente que um dos seus jornalistas, Issam Abdallah, foi morto pelos israelitas no sul do Líbano. Afirma também que outros dois dos seus jornalistas ficaram feridos: Thaer al-Sudani e Maher Nazeh.

Créditos MPR

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