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Ministro da Defesa Jaques Wagner (PT/BA) inicia turnê pela França em busca de mais transferência de tecnologia.

Ministro da defesa do Brasil, Jaques Wagner
Jaques Wagner (PT/BA)
Depois de assistir, em Moscou, ao desfile comemorativo dos 70 anos da capitulação nazista ao fim da Segunda Guerra Mundial, o ministro brasileiro da Defesa, Jaques Wagner, desembarcou em Paris neste domingo (10) para uma turnê de três dias. A viagem pela França, importante parceira comercial do Brasil na área de Defesa, acontece logo depois de os números da economia brasileira para o primeiro trimestre mostrarem que sua pasta foi uma das mais afetadas por cortes no orçamento federal.

Na segunda-feira, Jaques Wagner visitou estaleiros no litoral francês, onde são produzidas peças para o submarino nuclear brasileiro. Constam na agenda da terça reuniões com empresários do setor de tecnologia militar. E, no último dia de visita, ele se encontra com o ministro francês da Defesa, Jean-Yves le Drien.

Ajuste fiscal
A viagem de negócios acontece em um momento delicado para o ministério. Para promover um ajuste fiscal da ordem de 0,8%, o governo teve de frear investimento em diversos setores - inclusive em algumas vitrines da campanha de Dilma à reeleição, como os programas de bolsas Fies e Pronatec. A Defesa perdeu quase metade de seu aporte em relação ao mesmo período de 2014.
Portanto, é de se imaginar que não só de boas novas se fará a conversa do ex-governador da Bahia com empresários franceses nesta terça-feira. Se nos últimos dez anos, o Brasil se consolidou como o terceiro maior importador de equipamentos militares da França, segundo dados da Defesa francesa, é possível que esse próspero comércio bilateral tenha de desacelerar.

Novos acordos
De qualquer forma, a assessoria da Embaixada brasileira em Paris afirma que outros acordos comerciais podem ser assinados. O sinal verde para novas transferências tecnológicas seria uma das pautas da reunião entre o Jaques Wagner e Yves Le-Drien.
Isso porque, mesmo que o Brasil feche novas parcerias com empresas francesas - entre as quais, a Airbus, uma das companhias que o ministro deve visitar -, é preciso que haja um aval em alto nível do governo francês para que elas sejam efetivas, já que a tecnologia militar é um setor sensível.
Mas, dado o histórico de confiança mútua entre os dois países, essa chancela não deve passar de uma formalidade. Logo depois da reunião com o ministro francês, marcada para as 8h30 da manhã em Paris, Jaques Wagner embarca novamente para o Brasil. 

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