**É hora de o mundo dizer basta: equilíbrio e respeito entre as nações são essenciais para a governança global** - artigo de Opinião, por Dirceu Lopes
Vivemos em um mundo globalizado,
onde as economias e sociedades estão interconectadas como nunca antes. No
entanto, ações unilaterais de governos que buscam impor restrições severas a
outros países apenas aumentam tensões e prejudicam milhões de pessoas. A
autodeterminação dos povos é um direito fundamental, consagrado no direito
internacional, e deve ser respeitado. Nenhuma nação tem o direito de asfixiar
outra com sanções que ignoram o diálogo e o entendimento mútuo.
Medidas como a "Lei Bolívar",
aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, representam uma afronta direta ao
princípio de soberania nacional. Proibir empresas de negociar com a Venezuela
não só prejudica a economia venezuelana, mas também impede que o próprio setor
privado norte-americano colabore no crescimento de relações comerciais globais.
O impacto dessas sanções recai, principalmente, sobre a população mais
vulnerável, agravando crises humanitárias que já são profundas.
A ONU e outros organismos
bilaterais possuem instrumentos para coibir retaliações econômicas e políticas
que ferem os princípios de convivência internacional. É essencial que essas
instituições desempenhem um papel mais ativo em garantir que medidas punitivas
sejam substituídas por negociações diplomáticas e mediação imparcial. Cabe à
comunidade internacional fortalecer esses mecanismos, promovendo um equilíbrio
entre soberania e cooperação global para evitar abusos de poder e práticas
injustas.
O equilíbrio nas relações
internacionais só será alcançado quando as nações agirem com base no respeito
mútuo e na cooperação. Sanções arbitrárias e medidas coercitivas não resolvem
conflitos nem promovem democracia. Pelo contrário, essas práticas isolam países
e dificultam qualquer possibilidade de diálogo construtivo. É urgente que as
lideranças globais adotem políticas baseadas em diplomacia e justiça, em vez de
estratégias punitivas que beneficiam poucos e prejudicam muitos.
Em um cenário mundial tão
interdependente, decisões unilaterais como essa colocam em risco a estabilidade
econômica global. Barreiras comerciais e restrições políticas exacerbam tensões
que podem impactar cadeias de suprimento, parcerias estratégicas e o
desenvolvimento sustentável. Países devem atuar como parceiros em busca de
soluções conjuntas para desafios comuns, em vez de perpetuar divisões e
fomentar conflitos desnecessários.
Chegou o momento de repensarmos
profundamente o papel das nações na construção de um futuro mais equilibrado e
justo. Governos que tentam impor suas ideologias sobre outros países
desrespeitam não apenas os direitos desses povos, mas também os princípios
básicos de convivência internacional. O mundo precisa de um basta. Precisamos
de diálogo, respeito e uma visão compartilhada de progresso para que todas as
nações possam viver em harmonia e prosperidade.
O avanço global só será possível
se houver união e cooperação, deixando para trás ações punitivas que pertencem
ao passado e nações colonialistas.
Dirceu Lopes – militante social e
político.
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