31 de jul. de 2024

Rússia chama morte de líder do Hamas de “assassinato político inaceitável”

Créditos CNN.

Rússia chama morte de líder do Hamas de “assassinato político inaceitável”

Ismail Haniyeh foi morto nesta quarta-feira (31) após suposto ataque israelense no Irã

O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, fala à imprensa ao chegar ao lado palestino da passagem de fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 19 de setembro de 2017
O chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, fala à imprensa ao chegar ao lado palestino da passagem de fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 19 de setembro de 2017Momen Faiz/NurPhoto via Getty Images

assassinato do principal líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, é “um assassinato político absolutamente inaceitável”, disse um vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia à agência de notícias estatal RIA nesta quarta-feira (31).


“Este é um assassinato político absolutamente inaceitável e levará a uma maior escalada de tensões”, disse o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, citado pela RIA.

“Atacar Ismail Haniyeh é um crime terrorista hediondo e uma violação flagrante de leis e valores ideais”, complementou.

Bogdanov disse que o assassinato também terá um impacto negativo nas negociações de cessar-fogo em Gaza, acrescentou a RIA.



A Rússia, que tem relações com países árabes, Irã e Hamas, bem como com Israel, frequentemente condena a violência na região e acusa os Estados Unidos de ignorar a necessidade de um estado palestino independente.


O Ministério das Relações Exteriores da Turquia também repudiou o ataque, dizendo que Netanyahu “não tem intenção de alcançar a paz”.

“Oferecemos nossas condolências ao povo palestino que entregou centenas de milhares de mártires como Haniyeh para que pudessem viver em paz em sua própria terra natal, sob o teto de seu próprio estado”, disse o ministério turco.

“Este ataque também visa espalhar a guerra em Gaza para um nível regional. Se a comunidade internacional não tomar medidas para deter Israel, nossa região enfrentará conflitos muito maiores.”

O grupo armado libanês Hezbollah, que assim como o Hamas é apoiado pelo Irã, emitiu suas condolências pela morte.

O Hezbollah não acusou Israel especificamente, mas disse que isso tornaria os grupos alinhados ao Irã mais determinados a confrontar Israel.

Hamas promete retaliação

O assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, “não será em vão”, disse o presidente palestino Musa Abu Marzouk, membro do gabinete político do grupo, de acordo com a agência de notícias estatal WAFA.

Facções nacionais palestinas e islâmicas convocaram uma greve geral e manifestações em massa após o assassinato de Haniyeh.

Sami Abu Zuhri, um alto funcionário do Hamas, disse que o grupo está “pronto para pagar vários preços”.

“Estamos envolvidos em uma guerra aberta para libertar Jerusalém e estamos prontos para pagar vários preços.”

(Com informações de Abeer Salman, da CNN; e de Ahmed Tolba, Nidal al-Mughrabi, Lidia Kelly, Tuvan Gumrukcu e Panarat Thepgumpanat, da Reuters)

Nenhum comentário:

Confira as 3 postagens mais lidas na última semana