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PF indicia José Dirceu e mais 13 pessoas por corrupção na Petrobras

Zé Dirceu (PT-SP). Foto G1

Ex-ministro foi indiciado por crimes como corrupção passiva.
Na CPI da Petrobras, deputados ouviram seis presos da Lava Jato.


A Polícia Federal indiciou o ex-ministro José Dirceu e mais 13 pessoas por envolvimento na roubalheira na Petrobras.
O ex-ministro foi indiciado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com a polícia, a consultoria de José Dirceu recebeu mais de R$ 30 milhões por serviços que não teriam sido prestados. Dirceu tem afirmado que fez os serviços. Ele está preso desde o começo de agosto.
Na terça-feira (1º), a CPI da Petrobras fez a segunda sessão em Curitiba. Os deputados ouviram seis presos da Operação Lava Jato, a maioria ligada à construtora Odebrecht. Quatro executivos da empresa se mantiveram em silêncio, assim como um ex-gerente da Petrobras.
O presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht não respondeu às perguntas sobre o processo, mas sobre outros assuntos ele acabou falando, como encontros que teria tido com a presidente Dilma e com o ex-presidente Lula.
“Veja bem, é provável e natural. Acho que é difícil um empresário, [você] está falando de duas das maiores empresas brasileiras que têm uma relação muito forte com todos os setores. E é provável que, se eu encontrar com amigo, empresário, político, qualquer um, venha à tona o tema Petrobras, venha à tona o tema Odebrecht’, diz Marcelo Odebrecht, presidente da empreiteira.
Os deputados perguntaram a ele sobre delação premiada e Marcelo Odebrecht logo descartou essa possibilidade.
“Quando lá em casa as meninas tinham discussão, uma briga e falava assim, uma briga, e uma dizia: 'Olha, quem fez isso?'. Eu diria o seguinte: ‘Eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que aquele que fez o fato’”, conta o empresário.
Ele ainda sorria quando o advogado se aproximou e disse algo que o fez mudar o discurso. O advogado disse: "Mas você não tem nenhuma delação para fazer delação. Marcelo, você não tem atos para delatar".
Enquanto isso, o deputado Altineu Côrtes, do PR do Rio de Janeiro, refazia a pergunta. E a resposta que veio a seguir estava de acordo com a observação do advogado.

“Para alguém dedurar ele precisa ter o que dedurar, esse é o primeiro fato. Isso eu acho que não ocorre aqui”, diz diz Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht.

A defesa de José Dirceu afirmou que está analisando a denúncia e que vai se manifestar oportunamente.

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