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Tenente do Exército Espanhol sofre assédio, suposta perseguição e entra para a política.


Fora do exército por ter denunciado o assédio, Zaida entra na política
Escolhida por Pedro Sánchez para número 6 da lista do PSOE em Madrid, há quem já veja a tenente Zaida Cantera como ministra da Defesa. Foto reprodução

Há quatro meses a comandante Zaida Cantera assinou a sua saída definitiva do exército espanhol. Chegava assim ao fim uma etapa da sua vida que ficou marcada, nos últimos meses, pela denúncia apresentada depois de ter sofrido assédio sexual e laboral nos últimos anos. Agora, começa uma nova : a política, como número seis da lista do PSOE por Madrid às eleições de 20 de dezembro.
Esta madrilena de 38 anos, licenciada pela Academia Geral Militar com a patente de tenente do exército (com a especialidade de transmissões) decidiu apresentar uma denúncia contra o coronel Isidro José Lezcano-Mújica depois de sofrer ao longo de um ano (a partir de julho de 2008) olhares lascivos, insinuações e toques impróprios.

Após uma agressão física e sem contar com o apoio dos seus superiores, Zaida Cantera recorreu aos tribunais para pôr fim à situação. Foi um julgamento duro e a militar conseguiu uma das poucas sentenças de condenação por abuso de poder (o assédio sexual não está tipificado no código penal militar) imposta por um tribunal militar: dois anos e dez meses de prisão.
A vocação de Zaida desde criança foi a carreira militar e ao longo dos anos demonstrou não desistir facilmente, ser uma lutadora que supera as adversidades. Foi no exército e nas competições desportivas que aprendeu estes valores. Mas com a condenação do seu superior não acabou tudo, pelo contrário, foi o início de uma "perseguição" de alguns dos seus colegas, que deixaram claro que não se pode denunciar os superiores sem se sofrer as consequências.Em fevereiro de 2014, Zaida Cantera entrou de baixa e iniciou o processo para determinar se ainda tinha as condições físicas e psicológicas para continuar no exército. O tribunal médico militar considerou que Zaida sofre de "stress pós-traumático", o que motivou o seu afastamento definitivo. Quando foi buscar a baixa definitiva, concedida pelo Ministério da Defesa, Zaida confessou a sua "alegria" por conseguir "a liberdade com maiúscula" e ao mesmo tempo sentiu "raiva porque não queria sair assim das Forças Armadas". "Agora vou procurar trabalho", disse na altura.

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