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País só voltará a crescer com ajuste fiscal, afirma presidente da Serasa

Rossi foi o palestrante da edição de ontem do Tá na Mesa, da Federasul
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Rossi foi o palestrante da edição de ontem do Tá na Mesa, da Federasul
José Luiz Rossi defendeu o aumento da oferta de crédito como alternativa para a recessão

Adriana Lampert

Para que o Brasil retome a confiança dos agentes econômicos e volte a crescer, será necessário que o governo siga com a proposta de ajuste fiscal, afirmou o presidente da Serasa Experian, José Luiz Rossi, durante reunião-almoço da Federasul, ocorrida nesta quarta-feira. Ao palestrar sobre o cenário econômico e perspectivas, o gestor defendeu o aumento da oferta de crédito como uma ferramenta para combater a recessão no Brasil. "Este é um período em que teremos de ampliar o foco na educação financeira dos consumidores, para que haja tomada de crédito consciente", ponderou Rossi. Sobre o pacote de corte de gastos e a volta da CPMF, anunciados na terça-feira pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente da Serasa opinou que "o foco deveria ser primeiro a redução de custos, para somente depois partir para o aumento de impostos".

Rossi pontuou aos empresários que, para movimentar a economia do País, além das medidas do governo federal, uma "alternativa" será atuar com mercado de crédito forte. "Para impulsionar a tomada de crédito é fundamental que seja adotado de forma mais rápida o cadastro positivo de consumidores junto a instituições financeiras", destacou o dirigente. Ele admitiu que a inadimplência vem aumentando consecutivamente, tendo apresentado alta de 16,7% em agosto, frente ao mesmo período de 2014. No acumulado do ano, o índice chegou a 16,9%. "Ao contrário de 2012, quando a inadimplência cresceu por um desarranjo no orçamento do consumidor, desta vez o problema é estrutural", lembrou Rossi. "Com o aumento do desemprego, muitas pessoas estão sem capacidade de honrar seus compromissos."

No Brasil, atualmente existe 54 milhões de pessoas inadimplentes, informou o presidente da Serasa. Para ele, uma forma de modificar este cenário é mudar o comportamento dos consumidores, através de educação financeira, um dos ramos de atuação da empresa, que está presente no Brasil há 45 anos. "Por outro lado, o crédito é a única forma das pessoas se desenvolverem, é um instrumento de promoção social", insistiu o dirigente.
JC / Blog do Capitão Fernando

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