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Líder das Farc e presidente colombiano se encontram em Cuba - negociadores chegaram a um acordo

Líder das Farc Timoleón Jimenez aparece em Havana em vídeo divulgado no Youtube  (Foto: Reprodução/Youtube/Manuel Paz)
Líder das Farc Timoleón Jimenez, também conhecido como Timochenko, aparece (primeiro da direita para a esquerda) em Havana em vídeo divulgado no Youtube (Foto: Reprodução/Youtube/Manuel Paz)



24 de setembro de 2015 - Colômbia: Governo e Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) os negociadores chegaram a um acordo sobre justiça de transição e estabelecer um prazo para um acordo de paz para março de 2016.

Memória: http://capitaofernando.blogspot.com.br/search?q=FARC 





http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/paz-chegou-dizem-farc-com-presenca-de-timochenko-cuba.html

A guerrilha das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) afirmou nesta quarta-feira (23) que "a paz chegou" à Colômbia ao anunciar a presença de seu máximo líder, Timoleón Jiménez ("Timochenko"), para unir-se às negociações com o presidente colombiano Juan Manuel Santos em Cuba.

Timochenko e Santos chegaram em Havana nesta quarta-feira, quando deve ser feito um anúncio sobre as negociações de paz com a presença do presidente cubano, Raúl Castro. De acordo com um comunicado da chancelaria cubana, o anúncio tem relação com o tema "Jurisdição Especial para a Paz". A imprensa colombiana classifica o dia como histórico. Segundo o jornal "El Tiempo" será anunciada a data na qual se colocará um ponto final no conflito armado que já dura mais de 50 anos.

"A paz chegou. Timoleón Jiménez chegou a Havana. Estamos comprometidos com a paz", escreveu no Twitter a delegação negociadora das Farc na capital cubana.

Presidente Juan Manuel Santos durante pronunciamento em rede de televisão nesta segunda-feira (17) (Foto: Javier Casella/Presidência da Colômbia/Reuters)
Presidente Juan Manuel Santos durante
pronunciamento em TV (Foto: Javier Casella/
Presidência da Colômbia/Reuters)
Mais cedo, Santos disse na mesma rede social: "Farei uma escala em Havana para reunião chave com negociadores com o objetivo de acelerar o fim do conflito. A paz está perto". Segundo a agência Reuters, é a primeira vez que o presidente vai a Cuba desde o início das conversas de paz.

Detalhes do acordo
Segundo o jornal “El Tiempo” o acordo que será anunciado prevê a criação de uma jurisdição especial para a paz, com um tribunal que analisará casos relacionados diretamente com o conflito armado. O modelo base deste tribunal será o de justiça restaurativa, ou seja, ele poderá impor penas restritivas, que não implicam em prisão, quando há indenização às vítimas. Neste caso, a vítima e o agressor poderão chegar a um acordo sobre como a sentença será cumprida. Nos casos em que as vítimas não recebem indenização, a pena de prisão poderá ser aplicada.

Outro ponto importante do acordo, ainda de acordo com o “El Tiempo”, é que as partes buscarão mecanismos para garantir que não haja extradição a outros países.

O acordo vale para todos os atores do conflito, como membros das forças de segurança da Colômbia, combatentes das Farc e setores sociais, econômicos e políticos que tiveram envolvidos com o conflito.

Negociação
As Farc e o governo colombiano mantêm negociações de paz em Havana desde novembro de 2012, em busca da tentativa de acabar com o conflito armado de meio século e alcançar uma paz duradoura e aceitável para todas as partes.

Até agora, as duas partes alcançaram acordos parciais sobre reforma agrária, participação política de ex-rebeldes e drogas ilícitas. Também chegaram a um acordo sobre a remoção de minas dos campos de batalhas. Mas ainda são necessários consensos sobre o tema das vítimas, do desarmamento e do mecanismo para referendar um eventual pacto final.

As duas partes se acusam mutuamente de ter começado a escalada de um conflito armado que é o último da América e que deixou em meio século 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.
Durante as negociações, as Farc reiteraram sua disposição de deixar as armas assim que for assinado um acordo de paz com o governo daColômbia, mas exigiu garantias de que seus militantes não correrão riscos ao se incorporar à vida política.

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