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Entidade de Direitos Humanos denuncia testes de virgindade para mulheres militares na Indonésia



A ONG Human Rights Watch (HRW) solicitou nesta quinta-feira (14/05) ao Exército da Indonésia que interrompa a prática dos testes de virgindade com as mulheres que desejam integrar as Forças Armadas, denunciando uma prática "cruel, desumana e degradante".
A organização, que entrevistou várias militares, afirma que o exército realiza o chamado "teste dos dois dedos" para comprovar a virgindade das mulheres que desejam entrar para a vida militar ou casar com um militar.
"O exército deveria acabar de forma imediata com os testes de virgindade, contrários à proibição de tratamentos cruéis, desumanos e degradantes prevista no direito internacional", afirma a ONG em um comunicado. No ano passado, a entidade já tinha acusado o país de fazer exames semelhantes em candidatas à polícia.
As Forças Armadas defendem a prática como uma forma de evitar que algumas mulheres "prejudiquem" o exército com seu comportamento, mas negou que o teste seja realizado com futuras mulheres de militares e também assegurando-se de que todas as candidatas estejam com boa saúde.
Segundo o jornal britânico The Guardian, um porta-voz do exército, Fuad Basya, disse que "é preciso verificar a mentalidade das candidatas. Se não forem virgens, são 'safadas' e se forem 'safadas', a mentalidade delas não é adequada".
Segundo o Guardian, Basya disse que esses testes são feitos há muito tempo para "ter certeza de que as candidatas, se não forem virgens, perderam a virgindade por "acidente".
O teste, conhecido como "Teste dos dois Dedos" tenta verificar se a paciente tem "familiaridade" com a atividade sexual.
A Indonésia é um país muito conservador e no ano passado, um projeto de se fazer exames escolares para "verificar" a virgindade das alunas em Java teve de ser descartado por conta da polêmica.
A HRW denunciou no ano passado práticas similares da polícia indonésia, que negou as acusações.
"Não quero recordar as experiências ruins. Foi humilhante", afirmou uma jovem de 19 anos, citada no relatório da ONG.

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