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Manifestantes anti-Dilma são agraciados com “passe livre” no Metrô em SP


catracas 

Ao final do protesto deste domingo (15), com a grande quantidade de pessoas nas estações, o Metrô tomou uma medida inusitada e liberou as catracas para que os manifestantes pudessem acessar os trens sem pagar bilhete. Trata-se da primeira vez que a companhia opta por liberar o acesso em uma manifestação, em protestos realizados pelo Movimento Passe Livre, por exemplo, a atitude foi fechar estações e atacar ativistas
Por Ivan Longo 
Depois de antecipar um jogo do Campeonato Paulista que ocorreria no mesmo horário da manifestação anti-Dilma deste domingo, o governo paulista tomou outra medida que deve ter agradado aos manifestantes. As catracas da estação Trianon-Masp, da linha 2 – Verde, foram liberadas no final do protesto na avenida Paulista.
Dessa maneira, usuários que estavam na estação puderam acessar livremente os trens sem ter que pagar pelo bilhete. Além disso, para auxiliar na dispersão das pessoas, o número de composições na linha foi ampliado de 12 para 17, de acordo com a Polícia Militar.


A atitude chama atenção não só por ser inusitada, mas pelo simbolismo que carrega. Em diversas ocasiões, a catraca do Metrô foi a concretização máxima de um suposto estabelecimento da ordem e da lei diante de reivindicações que giram em torno da área do transporte. Liberá-las em uma manifestação contra o partido que o governador faz oposição sugere uma distinção de tratamento de acordo com as pautas reivindicadas.
O Movimento Passe Livre (MPL), por exemplo, realizou entre 2013 e este ano uma série de manifestações que acabaram com estações de Metrô fechadas. Em uma delas, inclusive, ativistas e usuários ficaram presos dentro da estação e foram atacados por PMs e seguranças.
O Sindicato dos Metroviários, por sua vez, em duas ocasiões – 2012 e 2014 – propôs que o governo liberasse as catracas em troca do fim da greve. Nas duas vezes, Alckmin deixou claro: liberar as catracas é ilegal.
Diante dessas incoerências, a reportagem do SPressoSP entrou em contato com o Metrô de São Paulo para que fossem esclarecidas algumas dúvidas como: há algum critério para liberar catracas? Por quanto tempo elas ficaram livres? Em alguma outra ocasião aconteceu algo parecido?
Não obtivemos retorno. Depois de seis ligações e três e-mails, a companhia do governo do estado insistiu que estava analisando o caso e se limitou a dizer que o Metrô “tomou todas as providências para garantir a segurança do usuário”.
Mas é melhor não se acostumar. A passagem ainda custa R$3,50 e, “passe livre”, só em manifestação anti-Dilma, pelo visto.

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