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EUA cogitam armar o exército ucraniano para conter rebeldes

Membros das forças especiais da Ucrânia em 30 de janeiro de 2015.
Membros das forças especiais da Ucrânia em 30 de janeiro de 2015.
REUTERS/Stanislav Belousov
Pela primeira vez desde o início do conflito no leste da Ucrânia, os Estados Unidos pensam em armar o exército ucraniano. A ideia foi defendida em um relatório publicado na segunda-feira (2) por especialistas americanos próximos da Casa Branca para conter o avanço dos separatistas pró-russos. Os combates continuam no leste ucraniano e mataram ao menos 16 civis, nas últimas 24h.

O relatório foi elaborado, entre outros especialistas, por Michèle Flournoy, ex-diretora do Pentágono e pelo ex-embaixador americano na Otan, Ivo Daalder. O documento defende o fornecimento de uma ajuda militar direta, incluindo armas defensivas, para que as forças de Kiev possam resistir à ofensiva dos separatistas pró-russos. Somente este ano, a ajuda seria de US$ 1 bilhão em armamento.
A ideia está sendo estudada após as repetidas violações dos acordos de cessar-fogo pelos rebeldes. Mas ela não é consensual devido aos riscos de um conflito com a Rússia, acusada de armar os rebeldes. Ben Rhodes, secretário-adjunto à Segurança Nacional americana, por exemplo, acha que essa não é a melhor estratégia. Para ele, as sanções econômicas à Rússia continuam sendo o melhor meio de pressão.
O secretário de Estado americano, John Kerry, é esperado na quinta-feira (5) em Kiev para sua segunda visita ao país desde o início da crise ucraniana.
Ofensiva separatista
Os separatistas continuam a ofensiva para tentar controlar a cidade estratégica de Devaltseve. Eles anunciaram ontem que vão mobilizar, em dez dias,100 mil homens na região rebelde.
Após a ameaça, o líder separatista Alexandre Zakhartchenko disse que poderia interromper a ofensiva somente se mantivesse o controle dos territórios conquistados muito além da linha de demarcação estabelecida nos acordos de paz de setembro.
Os combates se intensificaram na região no último final de semana, depois do fracasso das negociações de paz em Minsk que visavam o fim do conflito. A crise no leste da Ucrânia já deixou mais de 5.000 mortos em nove meses.

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