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Empresa relata propina à Força Aérea Brasileira e ao governo de Roraima

Documento da Justiça americana sobre a propina da Dallas Airmotive

Documento da Justiça americana sobre a propina da Dallas Airmotive (Reprodução/VEJA)


Dallas Airmotive, sediada nos EUA e com subsidiária em Minas Gerais, delatou esquema e aceitou pagar multa de U$ 14 milhões ao governo norte-americano.


A empresa americana de aviação Dallas Airmotive, que atua no ramo de manutenção e reparo de motores, admitiu ao governo dos Estados Unidos que efetuou o pagamento de propina a agentes da Força Aérea Brasileira (FAB) e ao gabinete do ex-governador de Roraima, José de Anchieta Júnior (PSDB), entre 2008 e 2012. Ameaçada pela legislação americana que pune a prática de atos de corrupção no exterior, a companhia concordou em pagar uma multa de 14 milhões de dólares para se livrar das acusações.

O acordo entre a empresa e as autoridades americanas, onde o esquema de suborno é relatado, foi publicado nesta terça-feira pelo Departamento de Justiça dos EUA. O documento também aponta pagamento de propina em outros países da América do Sul onde a Dallas Airmotive mantém negócios, como o Peru e a Argentina – entre os beneficiários do suborno indicados pela empresa estão a Força Aérea Peruana e o governo da província argentina de San Juan.

Segundo a Dallas Airmotive, que mantém uma subsidiária em Belo Horizonte (MG) chamada Dallas Airmotive do Brasil, a empresa efetuou pagamentos de suborno, por meio de empresas de fachada, a representantes da FAB e ao gabinete do então governador de Roraima Anchieta Júnior (PSDB). O objetivo seria garantir a contratação de seus serviços. A prática viola a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), lei americana de 1977. A companhia também teria feito o pagamento de viagens aos envolvidos no esquema.

Em nota, a Dallas Airmotive informou que os funcionários envolvidos esquema já estão afastados da empresa. Em declaração para o Jornal da Globo, o ex-governador Anchieta Júnior disse que não vai se pronunciar até ter mais informações sobre o caso. A FAB afirmou que ainda não foi notificada oficialmente pela Justiça americana, mas que já abriu uma investigação interna sobre o caso. 
Créditos VEJA

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