Militares se apresentaram nesta terça-feira (20) em Porto Alegre/RS (Foto: Rafaella Fraga/G1) |
No total, três mil homens das Forças Armadas estarão à disposição.
Tropa é composta por fuzileiros navais, mergulhadores e outros grupos.
O Exército apresentou nesta terça (20) durante uma solenidade em Porto Alegre cerca de dois mil militares das Forças Armadas que farão parte do contingente que atuará durante a Copa do Mundo na capital, onde serão realizados cinco jogos do Mundial no Beira-Rio. Ao todo, 3,6 mil homens estarão à disposição para trabalhar em ações de defesa, segurança e vigilância. Ainda não há data prevista para a apresentação do restante da tropa.
Os militares fazem parte do Exército, Marinha e Aeronáutica. A tropa é
composta por fuzileiros navais, mergulhadores de combate e outros grupamentos
especializados. Além de Porto Alegre, há contingente de dez municípios
gaúchos: Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Canoas, São Gabriel,Cachoeira do Sul, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves e Caxias do Sul.
Entre os destaques da tropa estão 200 militares que irão atuar no
combate e prevenção ao terrorismo químico. Os soldados integram a defesa
química, biológica, radiológica e nuclear. Eles serão responsáveis pela
inspeção em todos os locais ligados à realização do evento esportivo. Serão
feitas vistorias no estádio Beira-Rio, centros de treinamento, hotéis onde as
seleções e membros da Fifa ficarão hospedados, além do Aeroporto Internacional Salgado
Filho.
"Fomos chamados para essa missão [Copa do Mundo]. Uma missão
específica que exigiu, portanto, um preparo específico. Para isso, nos
dedicamos ao preparo individual para colocar o homem em condições",
discursou o general de divisão Manoel Luiz Pafiadache, coordenador de Defesa de
Área.
Na avaliação do general Eduardo Villas Bôas, o contingente está
plenamente preparado e treinado para atuar no Mundial. "O mundo inteiro
estará, durante um mês, com as atenções voltadas para o nosso país. Aqui venho
para verificar o trabalho de preparação e quando chegar a Brasília direi que
aqui a preparação está sendo conduzida com perfeição e com máximo esmero",
disse.
A Marinha vai empregar dois navios que farão a patrulha em toda a
extensão do Guaíba, além de quatro embarcações de até 10 metros que também
darão apoio a ações de busca, salvamento e prestação de socorro. "Porto
Alegre é talvez a única cidade-sede em que o estádio está debruçado sobre as
águas de um rio. Então, por isso, a participação da Marinha na operação será
fundamental", salientou o general de Brigada Fernando José Soares da Cunha
Mattos, chefe do Estado-Maior Conjunto.
Por terra serão 360 viaturas. Já para a fiscalização do espaço aéreo,
serão quatro helicópteros do Exército e uma aeronave do 5º Esquadrão da Marinha
de Rio Grande, Sul do estado.
Tropas só agirão em protestos em caso de pedido do governo à Presidência (Foto: Rafaella Fraga/G1) |
Protestos
Muito se fala na eventual necessidade de o Exército sair às ruas em possíveis manifestações mais violentas. Os militares poderão ser acionados pelo governador do estado e pela Presidência da República para assegurar a ordem pública e o funcionamento de serviços essenciais. "O emprego do nosso efetivo é para controle do distúrbio, caso houver violação de integridade física ou de patrimônio público ou privado", explicou ao G1 o tenente-coronel Rodrigo Ferraz, comandante do 3º Batalhão de Polícia do Exército, sobre um eventual chamado para que a tropa esteja nas ruas para coibir possíveis transtornos durante protestos.
O grupamento de Choque é formado por cerca de 200 homens. O armamento,
não-letal, segundo o Exército, consiste em spray de pimenta, balas de borracha
e bomba de gás lacrimogêneo.
No entanto, o general Eduardo Villas Bôas não crê na necessidade de as
tropas agirem em Porto Alegre. Ele reforça, no entanto, que os mais recentes
protestos na capital gaúcha foram acompanhados atentamente pelos militares.
"Não julgamos que isso seja possível de acontecer ou provável porque a
nossa Brigada Militar em uma capacidade excelente", ponderou.
"Estamos monitorando e estamos preparados. Um termômetro que tivemos foram
essas manifestações recentes, onde houve pouca capacidade de mobilização. A
nossa expectativa é que isso se mantenha assim", indicou o general. Créditos G1
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